quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Literatura Contemporânea
Nas últimas décadas, a cultura brasileira vivenciou um período de acentuado desenvolvimento tecnológico e industrial; entretanto, neste período ocorreram diversas crises no campo político e social.
Os anos 60 (época do governo democrático-populista de J.K.) foram repletos de uma verdadeira euforia política e econômica, com amplos reflexos culturais: Bossa Nova, Cinema Novo, teatro de Arena, as Vanguardas, e a Televisão.
A crise desencadeada pela renúncia do presidente Jânio Quadros e o golpe militar que derrubou João Goulart colocaram fim nessa euforia, estabelecendo um clima de censura e medo no país (promulgação do AI-5; fechamento do Congresso; jornais censurados, revistas, filmes, músicas; perseguição e exílio de intelectuais, artistas e políticos). A cultura usou disfarces ou recuou.
A conquista do tricampeonato mundial de futebol em 1970, foi capitalizada pelo regime militar e uma onda de nacionalismo ufanista espalhou-se por todo o país, alienando as mentes e adormecendo a consciência da maioria da população por um bom período de tempo: "Brasil - ame-o ou deixe-o", a cultura marginalizou-se.
Em 1979, um dos primeiros atos do presidente Figueiredo foi sancionar a lei da anistia, permitindo a volta dos exilados. Esse ato presidencial fez o otimismo e esperança renascerem naqueles que discordavam da política praticada pelos militares daquele período.
Na década de 80 inicia-se uma mobilização popular pela volta das eleições diretas, que só veio a concretizar-se em 89, com a posse de Fernando Collor de Mello, cassado em 1991.1995 : eleição e posse do presidente Henrique Cardoso.
POESIA
Nesta há duas constantes:
a) Uma reflexão cada vez mais acurada e crítica sobre a realidade e a busca de novas formas de expressão; mantêm nomes consagrados como João Cabral, Mário Quintana, Drummond no painel da literatura.
b) Afirmação de grupos que usavam técnicas inovadoras como: sonoridade das palavras, recursos gráficos, aproveitamento visual da página em branco, recortes, montagens e colagens.
As principais vanguardas poéticas prendem-se aos grupos:Concretismo, Poema-Processo, Poesia-Social, Tropicalismo; Poesia-Social e Poesia-Marginal.
Concretismo: O concretismo foi idealizado e realizado pelos irmãos Haroldo e Augusto de Campos e por Décio Pignatari . Em 1952 esse movimento começou a ser divulgado através da revista "Noigrandes"("antídoto contra o tédio" em linguagem provençal), mas seu lançamento oficial aconteceu em 1956, com a Exposição Nacional da Arte Concreta em São Paulo. Suas propostas aparecem no Plano- Piloto da Poesia Concreta; assinado por seus inventores:
Poesia concreta: produto de uma evolução crítica de formas, dando por encerradoo ciclo histórico do verso ( unidade rítmico- formal), a poesia concreta começa por tomar conhecimento do espaço gráfico como agente estrutural, espaço qualificado estrutura espácio- temporal, em vez de desenvolvimento meramente temporístico ¬linear, daí a importância da idéia do ideograma, desde o seu sentido geral de sintaxe espacial ou visual, até o seus sentido específico (fenollosa/pound) de método de compor baseado na justa posição direta -analógica não lógico¬discursiva - de elementos. (...). Poesia concreta: uma responsabilidade integral perante a linguagem, realismo total, contra uma poesia de expressão, subjetiva e hedonística. Criar problemas exatos e resolvê-los em termos de linguagem sensível um arte geral da palavra. o poema- produto: objeto útil (grifos nossos).
Vários poemas desse período não apresentam versos; "jogam" com a forma e o fundo, aproveitando o espaço gráfico em sua totalidade, "brincam" com o significado e o significante do signo lingüístico, rejeitam a idéia de lirismo e tratam de forma inusitada o tema. O poema é como um quadro, sem ligações com o universo subjetivo; esse "objeto" concreto é passível de manipulação e permite múltiplas leituras (de cima para baixo; da direita para a esquerda, em diagonal, etc.).
Como pode-se perceber, retomam procedimentos que remontam às vanguardas do início do século, tais como Cubismo e Futurismo. Seus recursos são os mais variados: experiências sonoras ( aliterações, paronomásias;; caracteres tipográficas variadas (formas e tamanhos); diagramação; criação de neologismos... O poeta é um artesão da civilização urbana, sintonizado com o seu tempo.
* Poesia - Práxis
* Tropicalismo
* A Poesia Marginal
Outras Tendências:
Alguns poetas não se filiam a nenhuma dessas tendências, ou constituindo obra pessoal ou seguindo novos caminhos, ainda muito novos e incertos para serem "catalogados"; ou retomando a linha criativa de poetas já consagrados, como Drummond, Murilo Mendes e João Cabral.São eles: Adélia Prado,Manuel de Barros,José Paulo Paes,Cora Coralina; entre outros.
Prosa: Assim como na Poesia, na Prosa o período pós -moderno caracteriza-se por uma pluralidade de tendências e estilos.A partir dos anos 70, vão -se quebrando limites entre os gêneros literários : romance e conto, conto e crônica, crônica e notícia; desdobram-se e acabam incorporando técnicas e linguagens, antes fora de seus domínios. Dessa forma, aparecem romances com ares de reportagens; contos parecidos com poemas em prosa ou com crônicas, autobiografias com lances romanescos narrativos que adquirem contornos de cena teatral; textos que se constroem por justaposição de cenas, reflexões, documentos ...
Romance: O romance ora segue as linhas tradicionais, aprofundando-se e enriquecendo-as com novos temas; ora inova, criando novas nuances de prosa.Há diversos tipos de romance
Romance regionalista:Seguindo um caminho tradicional, iniciado desde o Romantismo, uma safra de bons escritores continua a retratar o homem no ambiente das zonas rurais, com seus problemas geográficos e sociais.
Ex:Mário Palmério (Vila dos Confins, Chapadão do Bugre),José Cândido de Carvalho (O Coronel e o Lobisomem), Bernardo Élis (O tronco),Herberto Sales (Além dos Maribus), Antônio Callado (Quarup); entre outros.
Autores que se destacam :
Contos: Lygia F. Telles,Osmar Lins, Murilo Rubião,Autran Dourado, Homero Homem, Moacyr Scliar, Oto Lara Resende,Dalton Trevisan,J. J. Veiga,Nélida Pinon, Rubem Fonseca, João Antônio,Domingos Pelegrim Jr,Ricardo Ramos, Marina Colasanti,Luís Vilela,Marcelo Rubens Paiva, Ivan Ângelo e Hilda Hilst.
Crônica: Rubem Braga,Vinícius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queiroz,Carlos Drummond de Andrade, Fernando Sabino, Álvaro Moreira,Sérgio Porto (Stanislau Ponte Preta), Lourenço Diaféria, Luís Fernando Veríssimo eJoão Ubaldo Ribeiro.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Dia de Ação de Graças.
Auto Biografia de Ruchely Trevisan !
Desde pequena tive grande afinidade com meus primos, sendo dois da mesma faixa de idade que a minha.
Aos 4 anos entrei na escola, junto com meus primos Carol e Matheus. Ali começou uma nova fase da minha vida. Conheci gente nova e fiz amigos.
Na escola fiz amigos pra vida toda, a viagem de formatura da oitava série foi inesquecível, o lugar era muito bonito, e meus colegas muito especiais, foram três dias de muitas felicidade. Quando me formei tive que mudar de escola, no começo foi difícil, não conhecia ninguém, era só eu e a Carol minha prima, mais com o tempo foi me adaptando e agora já me adaptei a escola. Pessoas novas, professores novos, tudo novo.
Tenho amigos de infância, que conheço desde que nasci e conservo a amizade até hoje, tenho amigos que fiz na escola, colegas que não esqueço e que deixaram lembranças que ficaram pra sempre na memória, tenho amigos que conheci recentemente na nova escola, mais que já passaram a ser muito especiais em minha vida e que fazem as manhãs de aulas sempre mais divertidas.
No ano de 2008 aconteceram muitas coisas, que de realmente abalaram toda minha familia. Primeiro foi o falecimento do meu dindo, que também é era meu tio (irmão da minha mãe). Passamos por uma fase dificil, creio que a pior de minha vida até hoje, pois gostava muito do meu dindo e tinha como um irmão, meu primo, filho dele. Em seguida minha vó teve problemas de saúde por talvez a dificuldade de aceitar a perca de um filho.
Agora já se passaram seis meses da morte de meu dindo, toda familia sente saudades, mais tenta se recuperar da perda, coisa que acredito que sempre vai ser muito dificil de esquecer.
Graças a Deus minha vó está melhorando cada vez mais, e tudo esta voltando ao normal.
Minha família, para mim os considero a base de tudo, estão sempre ao meu lado em todos os momentos. Amigos sei que tenho os melhores. A todo o momento estou aberta para novas amizades, mais nunca esqueço as antigas, algumas apesar da distancia nunca serão esquecidas mais sim cada vez mais fortalecidas.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Moda dos Anos 70


( O filme Os Embalos de Sábado à Noite traz a febre das discotecas às telas do cinema )
As roupas eram bem justas ao corpo. Violeta e bordô, ferrugem e metalizado eram as cores da moda. A moda dos anos 70 foi um grande e divertido mix de várias opções, e havia para todos os gostos: da moda apache à moda disco, do estilo floral e indiano à moda metalizada, das roupas artesanais ao jeans com tachinhas. Tudo era interessante, tudo era novidade.
A região dos olhos era mais valorizada. As sombras e lápis recebiam cores ligadas à natureza, como o verde e o azul. O cabelo tem aspecto natural e ondulado.
Juventude disco

O glitter prata nos olhos e têmporas davam glamour à geração disco. O boca era sempre finalizada por gloss.
Punks
Mais é mais para essa tribo. O cabelo, grande destaque, recebia cores inusitadas, como vermelho e amarelo. Os olhos dramáticos eram febre entre os seguidores.
Vinicius de Moraes

Consagrado no movimento da bossa, Vinícius compôs, junto com Tom Jobim a música ''Garota de Ipanema'', símbolo de uma época.
Veja a letra da música : http://vagalume.uol.com.br/tom-jobim/garota-de-ipanema.html
A banheira de sua casa era onde gostava de dar algumas entrevistas quando estava de muita preguiça, e sempre com um copo de uísque ao lado (onde tinha o carinhoso jeito de dizer que o uísque era o melhor companheiro do homem, era "um cachorro engarrafado").
A obra poética de Vinícius de Moraes é dividida habitualmente em duas fases: uma de sentido místico e lírico, e outra mais sensual e de linguagem mais simples, que ele mostra também nas composições populares. Seu domínio da linguagem culta foi decisivo para conferir qualidade literária à música popular brasileira, enriquecida com suas letras.

Vinícius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro RJ em 19 de outubro de 1913. Em 1938 foi para Oxford, na Inglaterra, com uma bolsa de estudos em língua e literatura inglesas. De volta ao Brasil, trabalhou em jornais como crítico de cinema até 1943, quando ingressou na carreira diplomática, da qual foi afastado pelo governo militar em 1968. Serviu em Los Angeles, Paris e Montevidéu.
A carreira literária de Vinícius de Moraes começou com o livro de poemas ''O caminho para a distância'' (1933) que, como ''Forma e exegese'' (1935) e ''Ariana, a mulher'' (1936), revela as preocupações místicas e transcendentais do autor, de estilo poético ainda indefinido. O quarto livro, ''Novos poemas'' (1938), também se inclui nessa primeira fase.
Dois livros - Cinco elegias (1943) e Poemas, sonetos e baladas (1946) - marcam a transição para uma nova fase, mais voltada para a participação política e social, além da sensualidade. São desse período a Antologia poética (1955), o Livro dos sonetos (1957) e Novos poemas II (1959), que traz o poema "Receita de mulher".
Na década de 1960 publicou mais três livros: Procura-se uma rosa, Para viver um grande amor (ambos de 1962) e Para uma menina com uma flor (1966), de crônicas. A Arca de Noé (1970) é um livro de poesia para crianças.
Um dos grandes representantes do lirismo amoroso dos tempos atuais, Vinícius conseguiu, como poucos, exprimir com realismo característico a relação de amor entre o homem e a mulher. Após a primeira fase, mais mística e de individualismo nostálgico, assumiu por completo o papel de poeta do amor, da matéria, do mundo e da mulher, em versos altamente musicais.
Cada vez mais voltado para a música, escreveu letras para músicas inéditas de Tom Jobim, como Lamento no morro e Mulher, sempre mulher, gravadas em 1956. Dois anos depois, o disco Canção do amor demais, de Elizeth Cardoso, com canções de Tom e Vinícius, marcou o início da bossa nova.

Vinícius também fez música para poemas seus, como Serenata do adeus e Medo de amar.

Vinícius de Moraes morreu no Rio de Janeiro, em 9 de julho de 1980.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Pré modernismo
Os autores embora tivessem cultivado formalismos e estilismos, não deixaram de mostrar inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o Modernismo.
Na realidade, Pré-Modernismo é um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária que caracterizaria os primeiros vinte anos deste século. Aí vamos encontrar as mais variadas tendências e estilos literários, desde os poetas parnasianos e simbolistas, que continuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvolver um novo regionalismo, outros preocupados com uma literatura política e outros, ainda, com propostas realmente inovadoras.
Eu e minha colega vamos fazer um trabalho sobre modernismo, iremos dar enfase no trabalho de Monteiro Lobato.
Toni Brandão
Seus livros discutem, de maneira clara, bem humorada e informativa, temas próprios para os leitores pré-adolescentes e jovens. Falam das relações afetivas, da descoberta do amor pela ótica de um garoto (Cuidado: garoto apaixonado – 120 mil exemplares vendidos) ou das garotas (a série Cuidado: garotas apaixonadas), sobre filhos de pais separados e novos casamentos dos pais (a série João e seus meio irmãos), ciúme entre irmãos (Nanica, minha irmã pequena e Foi ela que começou, foi ele que começou, na marca dos 85 mil exemplares), auto-confiança (Aquele tombo que eu levei) entre outros temas atuais, como ética e cidadania (Televizinhos); sempre numa linguagem coloquial, íntima do leitor.
Há também, pela Editora Studio Nobel, A história de Dora Doadora e Guto Gato, livros que discutem a chegada dos garotos e garotas a puberdade e a sua relação com o mundo que os cerca a partir disso; e GROGUE, para o público jovem, com as confusões afetivas e existenciais de um roqueiro/atleta.
Para o público jovem, Toni está lançando a série GALERA RADICAL, que estreou com o título Bagdá, o Skatista, com a história de um garoto skatista, mulato e bonitão da periferia de São Paulo que vê a sua vida mudar a partir da vitória de campeonatos de skate.
Também para o público jovem e jovem adulto, o autor lançou a obra MUITO ROMANTICO, Editora Jaboticaba, uma história de amor ambientada no século XIX e que tem como pano de fundo a cidade de São Paulo e as transformações que ela sofreu nos últimos anos do Império, a partir do ciclo do café.
Alguns dos títulos de Toni apresentam, também, aventura, como as séries Perdido na Amazônia e Brasil de Arrepiar, Edições SM, da qual os primeiros títulos (OXENTE! e CREINDEUSPAI!) já estão fazendo sucesso junto a garotada.
A maioria das histórias de Toni são narradas a partir do ponto de vista dos protagonistas, que geralmente têm a idade do publico leitor.
Toni criou, para a Rede Globo de Televisão, o seriado Irmãos em Ação, uma adaptação de seu livro Foi ela que começou, foi ele que começou e As Aventuras de Zeca e Juca, que conta a história de dois garotos que vivem suas aventuras debaixo da água. Foi ainda um dos roteiristas da nova versão do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Adaptou também para a Globo Filmes a versão cinematográfica do livro de Monteiro Lobato A Chave do Tamanho.
Cinco dos livros de Toni Brandão já foram adaptados para montagens teatrais: Cuidado: garoto apaixonado, Grogue, Guerra na casa do João, Louco por uma gata e agora Foi ela que começou, foi ele que começou. Alguns lhe renderam importantes prêmios brasileiros como APCA, Mambembe e Coca-Cola.
Três nos livros, estão em fase de adaptação para o cinema: CUIDADO: GAROTO APAIXONADO; BAGDÁ, O SKATISTA e MUITO ROMANTICO.
O autor foi um dos finalistas do Prêmio Sharp de Música, com o cd Tutu, o menino índio, adaptação de seu livro do mesmo nome, que fala sobre o ritual de iniciação de um garoto indígena. A história é contata por Rita Lee e interpretada por Marisa Orth, Gerson Abreu, Vânia Bastos, André Abujamra e Lígia Cortez, entre outros.
Toni Brandão também cria textos de ficção para a internet. Em 2005, escreveu Flor da Amazônia, história em dez capítulos, para o site Brincando na Rede.
O autor trabalhou a Folhinha (Suplemento Infantil, da Folha de São Paulo) por 7 anos, como colaborador e articulista. Foi, também, Coordenador de oficinas culturais para Secretarias de Cultura em varias cidades e colégios do Brasil.
Formado em Comunicações pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, Toni Brandão, já lançou em seus 15 anos de trabalho, 20 livros — ultrapassando a casa dos 800 mil exemplares vendidos pelas editoras Jaboticaba, Melhoramentos, Studio Nobel, Símbolo.
Irei trabalhar com um dos livros de Toni Brandão nas aulas de literatura. Vamos dar vida aos personagens tirando-os do livro e nos caracterizando com eles. O livro de trabalho será O garoto verde.
Você pode conferir o primeiro capitulo do livro clicando no link abaixo!http://www.tonibrandao.com.br/page0035.htm
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Luís Vaz de Camões
Luís Vaz de Camões nasceu provavelmente entre 1517 e 1524, faleceu 10 de Junho de 1580. É frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare. Das suas obras, a epopéia Os Lusíadas é a mais significativa.
Os Lusíadas e a obra lírica
Os Lusíadas é considerada a principal européia da época moderna devido à sua grandeza e universalidade. As realizações de Portugal desde o Infante D. Henrique até à união dinástica com Espanha em 1580 são um marco na História, marcando a transição da Idade Média para a Época Moderna. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia. É uma epopéia humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação do prazer e nas exigências de uma visão heróica.A obra lírica de Camões foi publicada como "Rimas", não havendo acordo entre os diferentes editores quanto ao número de sonetos escritos pelo poeta e quanto à autoria de algumas das peças líricas. Alguns dos seus sonetos, como o conhecido Amor é fogo que arde sem se ver, pela ousada utilização dos paradoxos, prenunciam o Barroco.
"As armas e os Barões asssinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados ,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram; "
O estilo
É fácil reconhecer na obra poética de Camões dois estilos não só diferentes, mas talvez até opostos: um, o estilo das redondilhas e de alguns sonetos, na tradição do Cancioneiro Geral; outro, o estilo de inspiração latina ou italiana de muitos outros sonetos e das composições (h)endecassílabas maiores. Chamaremos aqui ao primeiro o estilo engenhoso, ao segundo o estilo clássico.O estilo engenhoso, tal como já aparece no Cancioneiro Geral, manifesta-se sobretudo nas composições constituídas por mote e voltas. O poeta tinha que desenvolver um mote dado, e era na interpretação das palavras desse mote que revelava a sua subtileza e imaginação, exactamente como os pregadores medievais o faziam ao desenvolver a frase bíblica que servia de tema ao sermão. No desenvolvimento do mote havia uma preocupação de pseudo-rigor verbal, de exactidão vocabular, de modo que os engenhosos paradoxos e os entendimentos fantasistas das palavras parecessem sair de uma espécie de operação lógica.As obras dele foram dividas em líricas e amorosas. Um exemplo das obras líricas foi Os Lusíadas, dividido em 10 cantos, exalta a conquista de Portugal na rota das índias.
Obras:
· 1572- Os Lusíadas (texto completo)
Lírica:
· 1595 - Amor é fogo que arde sem se ver
· 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente
· 1595 - Verdes são os campos
· 1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?
· 1595 - Sobolos rios que vão
· 1595 - Transforma-se o amador na cousa amada
· 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
· 1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso
· 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia
· 1595 - Alma minha gentil, que te partiste