quinta-feira, 17 de abril de 2008

Luís Vaz de Camões

Luís Vaz de Camões nasceu provavelmente entre 1517 e 1524, faleceu 10 de Junho de 1580. É frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare. Das suas obras, a epopéia Os Lusíadas é a mais significativa.

Os Lusíadas e a obra lírica


Os Lusíadas é considerada a principal européia da época moderna devido à sua grandeza e universalidade. As realizações de Portugal desde o Infante D. Henrique até à união dinástica com Espanha em 1580 são um marco na História, marcando a transição da Idade Média para a Época Moderna. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia. É uma epopéia humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação do prazer e nas exigências de uma visão heróica.A obra lírica de Camões foi publicada como "Rimas", não havendo acordo entre os diferentes editores quanto ao número de sonetos escritos pelo poeta e quanto à autoria de algumas das peças líricas. Alguns dos seus sonetos, como o conhecido Amor é fogo que arde sem se ver, pela ousada utilização dos paradoxos, prenunciam o Barroco.


"As armas e os Barões asssinalados

Que, da Ocidental praia Lusitana,

Por mares nunca de antes navegados

Passaram ainda além da Taprobana,

Em perigos e guerras esforçados ,

Mais do que prometia a força humana,

E entre gente remota edificaram; "

O estilo

É fácil reconhecer na obra poética de Camões dois estilos não só diferentes, mas talvez até opostos: um, o estilo das redondilhas e de alguns sonetos, na tradição do Cancioneiro Geral; outro, o estilo de inspiração latina ou italiana de muitos outros sonetos e das composições (h)endecassílabas maiores. Chamaremos aqui ao primeiro o estilo engenhoso, ao segundo o estilo clássico.O estilo engenhoso, tal como já aparece no Cancioneiro Geral, manifesta-se sobretudo nas composições constituídas por mote e voltas. O poeta tinha que desenvolver um mote dado, e era na interpretação das palavras desse mote que revelava a sua subtileza e imaginação, exactamente como os pregadores medievais o faziam ao desenvolver a frase bíblica que servia de tema ao sermão. No desenvolvimento do mote havia uma preocupação de pseudo-rigor verbal, de exactidão vocabular, de modo que os engenhosos paradoxos e os entendimentos fantasistas das palavras parecessem sair de uma espécie de operação lógica.As obras dele foram dividas em líricas e amorosas. Um exemplo das obras líricas foi Os Lusíadas, dividido em 10 cantos, exalta a conquista de Portugal na rota das índias.

Obras:

· 1572- Os Lusíadas (texto completo)


Lírica:

· 1595 - Amor é fogo que arde sem se ver

· 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente

· 1595 - Verdes são os campos

· 1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?

· 1595 - Sobolos rios que vão

· 1595 - Transforma-se o amador na cousa amada

· 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

· 1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso

· 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia

· 1595 - Alma minha gentil, que te partiste

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